sábado, 31 de janeiro de 2009

O sexo está liberado?

Você está namorando alguém que simplesmente é o máximo. É a concretização dos seus sonhos. Essa pessoa é perfeita para você, ela te completa, te deixa entusiasmado, apaixonado, cheio de amor e planos para a vida. A inteligência e o senso de humor lhe cativam, mas muito mais ainda o jeito de ser, o sorriso e... a beleza do seu corpo. É por isso que, naquele momento mais romântico, abraçados e sozinhos, explode uma vontade “incontrolável” de fazer sexo. Você diz: “Tem que ser agora, não pode ser mais tarde. A gente se ama mesmo, não é?”

Saiba que o sexo está liberado... mas, antes de ele acontecer com toda a paixão, você precisa conversar com sua namorada. Pare onde estava, vá para um lugar mais claro, tome um copo de água para esfriar a “cuca”, e vamos pensar um pouco. Diga a ela que você quer fazer sexo. Pergunte se ela quer também, ou se sente pressionada. Tenha certeza da permissão, porque você não é dono do corpo dela. Calma aí, não é tão simples assim.

Junte seus amigos e os dela e fale a todos que você vai fazer sexo com ela. Isso porque você não quer esconder nada da sua vida, você é um livro aberto. Inclusive essa atitude afastará a outros que, quem sabe, estavam com a mesma intenção a respeito dela. Ela já fez a escolha e não é nenhum dos seus amigos, ainda bem.

Como você é um jovem responsável e não deve nada a ninguém, vá antes à casa dos pais dela e seja franco: “Eu quero fazer sexo com sua filha, e gostaria que vocês aprovassem, porque enquanto ela não é minha, é de vocês.”

Depois dessa conversa aberta e sem rodeios, porque você quer fazer o que é certo, traga sua namorada até sua casa e apresente-a a seus pais dizendo: “É com essa moça que eu quero fazer amor, e não é só uma vez, não. É muito e muitas vezes.”

Bem, se é assim que vocês querem, não fica legal fazer isso na casa dos seus pais ou dos pais dela. Seria um constrangimento, os pais ficariam sem graça, sua namorada vai ficar com medo de fazer algum barulho, vocês não vão ficar à vontade com certeza. No motel não dá pra morar, sem contar que ficaria muito caro sustentar toda essa paixão e cada vez correr para lá.

Vocês se amam tanto que se pudessem ficariam o tempo todo juntos, então é melhor fazer um grande esforço, juntar as economias com a ajuda dos pais, se possível, e alugar uma casa ou apartamento. Assim você deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua amada (está na Bíblia: Gênesis 2:24). Mas espere aí, ainda não.

Você não gostaria que ela fizesse sexo com outros, além de você. Existem 52 doenças venéreas, inclusive a aids, e é perigoso correr esse risco. Então, se é seu propósito ser fiel a ela e vice-versa, evite uma série de aborrecimentos e vá até um Cartório. Leve algumas testemunhas e prepare um documento dizendo que você fará sexo só com ela, e isso é um compromisso dela também. Vão aproveitar à vontade, serão um do outro, então assine, porque você não tem costume de fugir das responsabilidades.

Como fazer amor é um ato muito bom e isso foi invenção de Deus, então você deve reunir todos os seus parentes e os dela, todos os seus amigos e os dela, convidar todos para a igreja e pedir ao líder religioso que abençoe o sexo que vocês vão praticar. Afinal, vocês acreditam em Deus e Deus acredita na sinceridade de vocês. Dessa forma, vocês na presença de todos declaram:

“Nós não queremos esconder nada de ninguém. Não queremos ficar mentindo por aí, dizendo que não fizemos nada; não queremos experimentar o trauma de uma gravidez indesejada, um aborto forçado, ou uma doença venérea incurável. Nos amamos tanto que faremos sexo quantas vezes der vontade. Diante de todos aqui presentes, declaramos que a partir deste momento deixamos o ‘Clube dos Abstinentes Sexuais Temporários’. Soubemos esperar até este momento porque o sexo é uma arte; e vamos aprender essa arte juntos, com toda a responsabilidade. Não precisamos de experiência sexual prévia; isso é desculpa de quem não soube esperar. Mas agora será muito gostoso abrir esse ‘presente’ de Deus para nós. Fazemos esse compromisso sabendo que sexo não é brincadeira, haverá momentos de discussões e adaptações, mas seremos sempre um para o outro. O sexo finalmente está liberado para nós, portanto, com licença, que eu e ela temos que ir à nossa casa para...”

Espera aí mais um pouquinho. Não vai rolar nenhuma festa pra gente?

(Udolcy Zukowski é líder dos jovens adventistas para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais)

Show da vida real?

Prezado leitor, é com angústia que escrevo estas memórias, após inúmeras vezes ouvir “Senhoras e senhores, bem-vindos ao show da vida Real!” Nome dado a um programa apresentado por Pedro Bial, mais conhecido com Big Brother Brasil. Afinal, o que é o show da vida real? Enquanto 16 pessoas confinadas em uma casa de luxo são vigiadas por câmeras de todos os lados, eu, com uma mochila nas costas, sob sol ou chuva, tenho a missão de visitar lares desconhecidos para levar esperança ao aflito, saúde ao doente, força ao cansado. Enquanto eles estouram balões ou jogam dados para obter comida de forma “árdua”, do lado de fora da tela eu dependo de terceiros para conseguir a refeição do dia. E eu me pergunto: O que de fato é o show da vida real?

Enquanto os participantes desse jogo fofocam, mentem e fumam para posteriormente milhões de brasileiros pararem tudo e acompanhar o que ocorreu na casa mais vigiada do país, nas casas não vigiadas eu me deparo com pessoas pensando em tirar a própria vida; outras em seus últimos momentos de existência; e a todas elas tenho que levar uma palavra de conforto, mostrar qual o real sentido da vida.

Procuro reparar os danos causados por influência desse tipo de “show” em que lares são desfeitos, mentiras são válidas e vícios acariciados, pois infelizmente, no Brasil e em muitos lugares, é assim. O ápice da incoerência vira moda, a moda se torna costume e o costume passa a fazer parte da cultura.

Meu objetivo? Conseguir maneiras de continuar estudando, uma vez que minha família não dispõe de recursos financeiros para me ajudar. Lá na “casa”, eles, em sua maioria, são graduados que cansaram de trabalhar e decidiram tentar a vida explorando a sensualidade e exaltando a ignorância para se tornar famosos.

Perguntar o que realmente é o show da vida real seria redundância? Peço a você que reflita bem antes de ligar a televisão e aplaudir essas discordâncias gritantes que estão longe de ser o que precisamos para nutrir nosso caráter.

Termino aqui deixando uma citação da escritora norte-americana Ellen G. White: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus”
(Educação, p. 56, 57).

(Rodrigo Oliveira, colportor-evangelista em Florianópolis, SC)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O brasileiro se contenta com muito pouco

Futebol, carnaval, novela, churrasco, pinga e refrigerante. O povo brasileiro acostumou-se a contentar-se com muito pouco, muito mesmo. E não confundamos isto com a capacidade e a habilidade que Deus nos deu de ser um povo feliz, e achar alegria nas coisas simples, de ser otimista, solidário e hospitaleiro.

Como brasileiro, fico triste com o nosso servilismo. Um exemplo é a imprensa, que nos mete goela abaixo as mais horripilantes formas de encarar o mundo. A ineficácia de nosso governo em lidar com a corrupção, por exemplo, é deixada de lado. Valoriza-se o sapato lançado na cabeça de George W. Bush, mas não se enfatiza a crueldade deste presidente, que gastou o dinheiro do mundo com suas guerras. Crianças, milhares delas, tiveram suas perninhas e demais membros amputados, dilacerados, com as guerras promovidas pelo quase ex-presidente norte-americano.
Voltando ao âmbito nacional, basta passar alguns dias para que ninguém fale mais dos milhares de desafortunados catarinenses, vítimas de inclementes chuvas. Contudo, a mídia não se cansa de divulgar o “alto índice de aprovação” de nosso presidente.

Reportagens, como por exemplo que o nível econômico do nosso povo está melhor pelo fato de tomar mais refrigerante, são uma ofensa. Além de provado cientificamente que os refrigerantes não são bons para a saúde, não há como medir a melhora do poder aquisitivo de uma nação baseando em que esta toma mais essa bebida.
Mas o brasileiro se contenta com pouco, muito pouco. Contenta-se com o futebol nas noites de quarta e nas tardes de domingo. Em falar que Pelé é melhor que Maradona. Contenta-se com uma televisão pobre de boas atrações e paupérrimo conteúdo cultural e didático. Contenta-se com a Xuxa, com a Maysa, com o Faustão, com a Hebe, com o Ratinho e, há décadas, com o dono do Baú da Felicidade. Contenta-se em ter cinco títulos mundiais de futebol. Deve ser por isto que se contenta com o analfabetismo, com a corrupção, com a extrema pobreza, com a falta de oposição no governo – fato a ser estudado e meditado –, com a falta de obras de infra-estrutura. Contentam-nos com muito, muito pouco.

O carnaval, bestial por natureza e essência, a festa da carne, recebe pompas e honras. As “celebridades” querem ser destaques nesta demonstração de irracionalidade. Como podemos aceitar que um país pare e reverencie uma festa como esta, que não traz nada de bom? Comer, beber, pular, fazer sexo (sempre com camisinha, recomenda o Ministério da Saúde). Esta é a expressão máxima de nossa cultura. Que pobreza!

O churrasco, à custa de mortes doloridas e doenças que podemos prevenir, também é uma marca da nossa cultura. E, por causa desta prática, desmatamos florestas, deixamos de produzir alimentos e abreviamos a morte, não só de inocentes animais, mas de nós mesmos, contraindo cânceres e outras enfermidades. A pinga, elevada à categoria de cachaça pela autoridade máxima brasileira, é outra desgraça, ou melhor, outro “símbolo” de nossa gente.

Este artigo foi baseado na grande exposição que a imprensa tem dado a duas figuras: Ronaldo, capítulo Corinthians, e Madonna, que faz shows no Brasil, como parte de sua turnê “Sticky & Sweet” (pegajoso e doce). A alienação do nosso povo aos reais problemas que nos afetam: os altíssimos impostos, a fraca educação, a corrupção em todos os níveis, a fome, a “fome e sede de justiça” – inclusive entre aqueles que nos chamamos cristãos –, a falta de moral e de amor, faz que nos contentemos com o Ronaldo, ficando cada vez mais rico, desta vez tirando férias em São Paulo, e com a Madonna, que vive a vida como se sua dança trouxesse salvação.

A Palavra de Deus diz que Jesus curava os lunáticos. Precisamos de este poder, precisamos desesperadamente de este poder curador. Jesus, por favor, sane a nossa nação e purifique o nosso coração!

Brasileiros, deixemos de ser medíocres! E, em vez de termos orgulho de pertencer a esta nação, regozijemo-nos em sermos apenas embaixadores nesta linda e bela pátria. Ser cidadão do céu, graças somente a Jesus; isso sim me faz feliz! Elevemos os nossos padrões e não nos contentemos com algo menor do que ser cidadão do céu! Deus nos abençoe a todos!

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).

Que tipo de cristão vc será em 2009?

Gosto de meditar em Êxodo 33:12-23. Se houve alguém neste mundo que manteve comunhão íntima com Deus, esse foi Moisés. O profeta que abandonou as riquezas do Egito falava diretamente com Deus e recebia instruções dEle. Mesmo assim, em certa ocasião, fez um pedido não muito comum ao Criador: pediu para conhecer Seus caminhos e para ver-Lhe o rosto. Como ainda vivia numa condição pecaminosa, num corpo mortal, é claro que Moisés não podia ver a Deus. Mas o bondoso Criador “deu um jeito” e permitiu que Seu filho O visse pelas costas. A lição profunda desse texto bíblico é a de que não podemos nos contentar com pouco quando o assunto é a vida espiritual. Sempre devemos querer mais de Deus.

No livro Vida Plena de Poder (CPB), Jim Hohnberger afirma que a prova de fogo do verdadeiro cristianismo e do caráter ocorre na privacidade. “É na maneira como trato meus filhos, minha esposa ou meu cachorro. São os pensamentos que acalento e as emoções a que dou guarida que determinam se minhas práticas religiosas estão me fazendo algum bem em termos de salvação. Se estou empurrando a mim mesmo por aí sem nenhum poder real, então a religião que pratico não merece o nome que ostenta.”

Isso me lembra a declaração contundente de Ellen G. White: “Ou somos cristãos decididos de todo o coração, ou nada somos” (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 26).

Leia Gálatas 6:7-9 e faça a seguinte pergunta para si mesmo: O que quero semear para 2009? Semearei para a carne ou para o Espírito?

1. Que tipos de livros você leu ou deixou de ler neste ano?
2. Que tipos de programas assistiu na TV?
3. Que tipos de amizades cultivou?
4. Que tipo de relacionamento manteve com seu cônjuge e filhos?
5. Como foi sua relação com a Bíblia e a igreja?

Quando estava na faculdade, o famoso evangelista John Wesley escreveu uma carta para a mãe dele pedindo que ela lhe desse uma descrição clara do pecado. Talvez ele desejasse uma lista do que fazer ou não fazer. Mas a Sra. Wesley não deu a John o que ele desejava. Ela lhe deu algo muito melhor. Ela escreveu:

“Tome esta regra: tudo aquilo que debilita a sua razão, prejudica a sensibilidade da sua consciência, obscurece o seu senso de Deus ou tira o sabor de coisas espirituais; em resumo, qualquer coisa que aumente a força e a autoridade do seu corpo sobre sua mente, isso será pecado para você, por mais inocente que pareça em si mesmo.”

Mais um ano está diante de nós, com seus apelos “inocentes” e convites ao pecado. Que tipo de cristão você será em 2009? Dois mil e oito já é passado. Um ano a menos para a volta de Jesus. Um ano a mais em que ficamos neste mundo escuro. Por quê?

“Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos” (Ellen G. White, Manuscrito 4, 1883).

Que tenhamos um 2009 feliz e abençoado, mais preparados para a volta de Jesus.

Michelson Borges